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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MÍRIAM PORTELA

( Santa Catarina)

Nasceu em Florianópolis, SC. Em 1954.
Formada em Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Pulo, trabalhou em diversos órgãos da imprensa brasileira, com Jornal da Tarde, TV Bandeirantes, TV Cultura e Globo News. 
Foi repórter, pauteira, chefe de reportagem, editora e apresentadora.
Desde 1995, produz vídeos institucionais e documentários pela sua empresa, a Loqui Comunicações Ltda.
Vive em São Paulo, desde 1973.
Na área da literatura infantil, publicou Alguém muito especial (1999), Onde andará Alegria? (2001), Histórias do Encantado (2007), e Alice passou por aqui... (2007).
Obra poética:  O continente possuído (1987), Doces rios do medo (1989), No fundo dos olhos (1993) e Nos mares de Vênus (2002).

 

ROTEIRO DA POESIA BRASILEIRA  anos 80.  / direção Edla van Steen; seleção e         prefácio Ricardo Vieira Lima.  São Paulo: Global, 2010.  (Coleção Roteiro da Poesia BrasileiRa)   ISBN  978-85-260-1155-7       246 p.                  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

POR ENQUANTO

Pode ser amanhã
eu não te queira mais.
Que eu te lance sem vozes
no meio do entulho
como um traste pesado
mudo e inválido
Mas neste momento de volta
eu te saúdo
e me entrego sem sono
às tuas formas.
Pode ser que
amanhã eu te venda,
te negue, te viole
mas agora voltaste
e isto me basta.

O continente possuído (1987)



CAMPO MINADO

Não te aproximes.
Respeita o espaço
imune ao teu contágio
necessário à minha respiração.
Obedece os limites
impostos por meus olhos
indispensáveis
à minha lucidez.
Mantém-te
a alguns quilômetros
de mim.

Eu preciso de distância
para compor meus contornos.
Preciso do vazio das formas
cortando os horizontes
para poder caminhar.


SOBRE AS ÁGUAS

Carrego em mim
o movimento das marés.
Satélites, cometas, meteoros
viajam livres em minha cabeça
e na ponta dos dedos
coleciono cúmulos-nimbos
que se formarão um dia
na rota dos ventos.
Sob os eclipses da lua
meus olhos se fecham
e eu posso voar leve
em companhia de vaga-lumes.
Um exército de bruma
me segue nesse passeio
em que sou guardada pelos pirilampos.
Milhares de borboletas
cobrem meu corpo
me vestem de brilho e luz.
E eu teço
e fio com as conchas em leque
trazidas do mar.
Ah, quando as madrugadas irrompem
centenas de estrelas
pousam em meu ventre
elas me fazem cócegas
e me fazem rir.
Navegam em mim
tantas formas
tantos gestos
corpos a se desenharem
sobre minha pele úmida.
Eu carrego comigo
todo o universo
e me sinto leve.

 

*

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Página publicada em março de 2022

 

 

 
 
 
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